Com o início da propaganda eleitoral de rádio e TV nesta sexta, 31/08, é dado a largada à guerra declarada entre os candidatos, que vão se engalfinhar por uma vaga no segundo turno ou mesmo resolver a questão já no primeiro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para hoje sessão extraordinária que analisará um pedido liminar para que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, candidato do PT ao Palácio do Planalto, seja impedido de participar do horário eleitoral gratuito na rádio e TV.

A principal incógnita será esclarecida hoje: Lula poderá aparecer pedindo votos em vídeos pré-gravados? A Procuradoria Geral da República pediu que fosse proibido. Tendência hoje no TSE é negar o registro ao ex-presidente com base na Lei da Ficha Limpa, que impede condenados em segunda instância de concorrerem nas urnas. Confirmada a tendência o vice, Fernando Haddad, assumirá à cabeça de chapa e Manuela D’ávila (PCdoB) será sua vice.

Nestas eleições o PCdoB e PT são aliados formais. Em visita ao Maranhão semana passada, Haddad comunicou que “o candidato de Lula é Flávio Dino”, gerando ciumeira na campanha de Roseana, da qual o ex-presidente já apoiou em outros pleitos.

Adriano Sarney (PV), por exemplo, chegou a afirmar que a tia, Roseana (MDB), seria uma espécie de “Lula do Maranhão”, tentando fisgar para si  votos petistas no Estado, mesmo que em 2016 a ex-governadora tenha virado uma espécie de musa do impeachment de Dilma em Brasília. Edison Lobão (MDB), candidato ao Senado pelo clã, bate perna pelo interior do Estado reforçando a bandeira  “Lula Livre”.

Com medo de perderem votos, Sarney Filho, Lobão e Roseana escondem que o presidente Michel Temer, rejeitado por superlativo da população, faz parte de seu grupo de aliados políticos.

No Maranhão, Lula é lembrado por mais de 60% de eleitores que desejam escolher um novo presidente nestas eleições. Os principais candidatos ao Governo e ao Senado alternam no discurso pró-PT. A dúvida é se o tribunal permitirá que candidatos usem a imagem do ex-presidente à torto e à direita (no caso à esquerda) ou se vetará a imagem do ex-presidente.