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A educação e o asfalto estão atrasados no Maranhão

Eleição do vale-tudo. É assim que tem sido percebida, fora do Maranhão, a disputa majoritária pelo comando do Palácio dos Leões, sede do governo estadual. Antes do início da campanha já foram vistas por lá decisões jurídicas fracas visando tumultuar o pleito, propagação de fake news, apropriação de espaço público como se privado fosse, uso de meios de comunicação para atacar adversário sem garantir, de forma equilibrada, o outro lado da história.

Chamou a atenção nesta segunda, 20, que o bloco MDB-Sarney use informações distorcidas para pautar o debate público, enquanto o eleitor espera algo mais propositivo. Em posse do sistema do jornal Folha de S. Paulo, o REF-F (Ranking de eficiência dos Estados-Folha),  o jornal O Estado, controlado pela família Sarney, diz que o ranking de 0,386 do Maranhão demonstra que o Estado não teria apresentado resultados práticos no programa “Mais Asfalto” e “Escola Digna”. Conclusão apressada.

Desde que foi implementado em 2015, o “Mais Asfalto” municipal esteve presente em 195 cidades e asfaltou 1.500 km de vias municipais do Maranhão. Por sua vez, o rodoviário foram 1.000 km de asfalto nas vias do Maranhão, de acordo com informações da Secretaria de Comunicação do Governo. Espera-se por lá que seja o ponto de partida, não o de chegada.

O bairro Bom Sucesso, localizado em Presidente Dutra (MA) a 350 km de São Luís, por exemplo, foi beneficiado com asfalto apenas em 2018, apesar de existir há mais de 10 anos. “Cheguei aqui em 2012 e era só poeira e lama”, conta Maria Aparecida, 54 anos, que afirmou ao Marrapá que tanto na época de chuva, quanto da seca transitar por lá era um desafio diário.

Dados do governo apontam que o “Escola Digna”, programa macropolítico educacional que visa extinguir escolas de parede de barro por alvenaria, mudou a realidade de 820 escolas maranhenses, entre novas, totalmente reconstruídas ou reformadas. Teve escola que teve que passar por reconstrução total, como a da imagem abaixo destacada.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1025358152898945024

É de uma mesquinharia afirmar, portanto, que não há impacto na Educação e no Transporte com o crescente número de obras no Estado. 1) educação é investimento de médio prazo, – ter uma escola com o mínimo de qualidade é essencial para garantir qualidade no estudo e interesse dos alunos; 2) asfalto tem reflexo direito na melhoria da qualidade de vida, na saúde com menos poeira ou lama, melhora do saneamento e mesmo o traslado da população e escoamento da produção agrícola do Estado.

Portanto, afirmar que programas que levem asfalto e/ou escola para a população não tem tido resultado prático, além de uma inverdade é apostar contra os próprios interesses de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da população.

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