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Surtou! Temer já avisa aliados que vai disputar reeleição

Com informações do Estadão

O presidente Michel Temer (MDB) já começou a avisar seus principais interlocutores que está disposto a disputar a reeleição presidencial.

Totalmente fora da realidade e com índices de aprovação sarneyzistas (6% segundo o último levantamento do Instituto Ibope), o presidente acha que ninguém melhor do que ele será capaz de defender seu legado e sua própria honra. Chega a ser hilário.

Mesmo sabendo que esse patamar de popularidade é um obstáculo pesado para sua candidatura, Temer, totalmente deslocado a realidade, acha que poderá melhorar de situação com a confirmação da recuperação da economia e com outras medidas que pretende adotar até o final de seu mandato.

Temer não tem a pressão do calendário eleitoral, já que pela legislação ele não precisa deixar o cargo até abril para concorrer.

Quando assumiu o governo, Temer se comprometeu com os partidos aliados a não tentar uma eventual reeleição em troca da sustentação política. O problema é que o quadro que havia em 2016 mudou radicalmente, na sua avaliação.

Novo quadro

O senador tucano Aécio Neves (MG), que poderia ser um candidato em potencial em 2018, saiu do páreo depois das investigações abertas a partir do escândalo da J&F.

Alckmin. Temer também se considerou liberado de qualquer compromissos formal com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, depois de avaliar que o pré-candidato tucano não fez força para impedir que a bancada paulista do PSDB votasse a favor dos pedidos de seu afastamento.

A relação também mudou com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, que também já se lançou pré-candidato ao Planalto, com o discurso de afastamento do governo e afirmando que não defenderia o legado de Temer. Com a relação mudada, Temer se sente liberado para não manter a promessa e tentar se viabilizar para buscar um novo mandato.

O grande desafio, porém, é que Temer sabe que sua baixa popularidade faz com que vários de seus aliados, dentro do MDB, preferissem que ele cumprisse apenas seu mandato até o fim e liberasse o partido para tomar outros rumos.

Alternativa. Se ficar convencido de sua inviabilidade, Temer fará o movimento na direção de outro nome, como o do ministro Henrique Meirelles. Mesmo que não se filie ao MDB, mas sim a outra legenda, Meirelles seria uma boa alternativa na visão do presidente.

Alguns fatores fizeram com que o presidente se motivasse a tentar um novo mandato. Quer defender sua biografia pessoal e profissional. Indefensaveis!

Acha que na campanha poderá mostrar que conduziu o País para a recuperação econômica num dos momentos mais graves de nossa história. Nem no mais fictício dos sonhos!

Também quer rebater os ataques pessoais que vêm sofrendo – e que considera injustos. Fora da corrida pelo Planalto, Temer sabe que perderá protagonismo político, já que não representará mais perspectiva de poder. Como candidato, esse prazo de validade se amplia.

O único protagonismo do golpista Michel Temer foi o de articular com Romero Jucá, Eduardo Cunha, José Sarney, a cúpula do PSDB, do DEM, do STF, a FIESP e com a mídia quatrocentona do eixo Rio-SP o golpe de 2016.

Vale destacar que durante seu mandato, ele foi denunciado duas vezes pela Procuradoria Geral da República, com base nas delações de executivos da JBS, mas as denúncias foram derrubadas em votação no plenário da Câmara.

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