Em discurso na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Adriano Sarney (PV) prometeu que seu grupo político, mais precisamente sua família, voltará ao Palácio dos Leões no próximo ano e só assim o Maranhão “retomará o progresso”. O parlamentar não apresentou dado e nem mostrou garantia de sua promessa, mas o legado deixado pela oligarquia fala por si só.

Durante 50 anos no poder, a grupo Sarney conseguiu colocar o Maranhão no rodapé de todas as pesquisas que analisam crescimento econômico e social no Brasil. A ex-governadora Roseana teve quatro oportunidades de colocar o estado no rumo do “progresso”, totalizando 16 anos, e o resultado foi tão desastroso quanto a declaração do seu sobrinho.

Para citar alguns dados…

– Com Roseana dois milhões de maranhenses viveram abaixo da linha de miséria, ou seja, possuíam renda per capita de R$ 70 por mês.

– Das 100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão e dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, segundo o IBGE, dez são maranhenses.

– O Estado atingiu a quarta maior taxa de analfabetismo, quase 20% dos maranhenses não sabem ler e nem escrever.

– Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que apenas 12,1%, dos maranhenses têm acesso a saneamento básico.

– O deputado Adriano questionou a situação da malha viária em seu discurso, mas esqueceu de dizer, quando sua tia deixou o governo mais de 62% das rodovias eram consideradas regulares, ruins ou péssimas, segundo pesquisa CNT.

– Sem falar nas usinas, refinarias e multinacionais com milhares de empregos que nunca foram instaladas.

O neto de Sarney pode até se esforçar, prometer e estrebuchar, entretanto, o único progresso constatado em meio século de dominação oligárquica no estado foi a engorda das contas bancárias de sua família.