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Mais uma decisão de Clésio Cunha a favor dos interesses da oligarquia Sarney

O grupo Sarney deu mais uma mostra de que continua a mandar no judiciário maranhense, mesmo após a derrota política de 2014.

O juiz Clésio Cunha, da 3ª Vara Criminal de São Luís, absolveu o ex-secretário chefe da Casa Civil, João Abreu, das acusações de corrupção passiva e associação criminosa no caso envolvendo o pagamento de propina pela construtora Constran através do doleiro Alberto Youssef.

Em março de 2014, Alberto Youssef foi preso pela Polícia Federal no Hotel Luzeiros, na capital, com uma mala repleta de dinheiro como parte do pagamento de propina pela liberação do pagamento de precatórios da UTC no valor de R$ 113 milhões. A partir dessa operação, a Lava Jato tomou proporções gigantescas.

No desenrolar das investigações, as acusações contra Roseana e João Abreu, delatadas por Rafael Ângulo, Alberto Youssef e a contadora Meire Poza, foram enviadas pelo juiz Sérgio Moro a Justiça do Maranhão, que decidiu abrir inquérito.

Abreu foi preso no dia 25 de setembro de 2015 por policiais civis, no aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, quando voltava de Brasília. Ele teve a prisão decretada pela Justiça, após indiciamento. Quatro dias depois foi solto, beneficiado por habeas corpus concedido pelo desembargador José Luiz Oliveira de Almeida.

Abreu chegou a usar tornozeleira eletrônica por cerca de uma semana. O desembargador Raimundo Barros, porém, acatou pedido da defesa para revogar todas as medidas cautelares desfavoráveis ao dono do Armazém Abreu e sócio da família Sarney no Shopping Jaracaty.

Mesmo com o robusto volume de provas e da ligação de Abreu como o maior doleiro do país, o ex-chefe da Casa Civil conseguiu agora obter a absolvição de forma definitiva.

O juiz Clésio Cunha, responsável por essa decisão, também já tinha absolvido Roseana Sarney no mesmo processo, além de inocentá-la também na Máfia da Saúde,

Para o Ministério Público do Maranhão não restam dúvidas que durante o governo Roseana Sarney foi montado esquema milionário de vendas de precatórios. Entretanto, ninguém será punido. Pelo menos se depender das sentenças do juiz Clésio Cunha.

Quem tem juiz amigo ao dispor não precisa nem de advogado.

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