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Na primeira sessão da semana, deputados criticam aprovação do impeachment

O clima foi quente na sessão da Assembleia desta segunda-feira (18). O tema principal, como não poderia ser diferente, foi à aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara Federal. As discussões em Brasília foram trazidas para o Maranhão e o embate entre PMDB e os partidos da base da presidente Dilma e do Governo do Estado transformaram o plenário em uma troca de farpas.

O vice-presidente da Assembleia, deputado Othelino Neto (PCdoB), criticou a decisão da Câmara, para ele o afastamento de Dilma foi um golpe que não vai ser esquecido e fere o país e disse esperar por uma mudança nessa decisão. “Espero que possamos reagir para que o nosso país não concretize esse grave retrocesso”.

O deputado Bira do Pindaré (PSB) foi contra a decisão do seu partido o PSB que votou pelo afastamento da presidente. Criticou a atuação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), pela maneira como foi conduzido o processo e as razões do impeachment. “O mérito não foi debatido. O que se fez ontem foi transformar uma sessão em colégio eleitoral, uma eleição indireta, um retrocesso”.

Wellington do Curso, pré-candidato à Prefeitura de São Luís, aproveitou a oportunidade para fazer campanha: “Vivemos um momento histórico e precisamos ter um olhar atento para as ruas”.

Já a deputada Andrea Murad foi a única que defendeu a decisão da Câmara. “A presidente Dilma não tem mais condições de governar o país”, e solicitou informações sobre a ida do governador Flávio Dino a Brasília, disse a filha de Ricardo Murad.

O líder do governo, deputado Rogério Cafeteira (PCdoB), defendeu a presidente Dilma. “Não poderia jamais me colocar a favor de um processo desses”.

O deputado Rafael Leitoa informou que o PDT iniciou o processo de expulsão dos deputados do partido que votaram a favor do impeachment. “A presidente Dilma foi eleita pelo voto popular e isso tem que ser respeitado”.

Zé Inácio do PT lembrou que este domingo ficou marcado na história: “o 17 de abril de 2016 entra na história como uma data marcada pela decepção”.

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