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Promotor da “máfia da saúde” dispara contra Hildo Rocha

O promotor de justiça, Lindonjonson Gonçalves de Sousa, lamentou as críticas do deputado federal Hildo Rocha (PMDB) que o acusou de estar a serviço do governador Flávio Dino (PCdoB).  Ele é o responsável pelas investigações de desvios de recursos da Secretaria de Saúde, durante o Governo Roseana Sarney.

Na semana passada, após o juiz Clésio Coelho Cunha inocentar Roseana do processo, Lindonjonson disse estar perplexo com a decisão e iria avaliar medidas para recorrer. Foi o suficiente para Hildo politizar a questão.  Toda vez que um peemedebista é suspeito de corrupção, representantes do grupo Sarney acusam  o atual Governo.

No caso da Máfia da Saúde, segundo a promotoria mais de R$ 150 milhões foram desviados do programa “Saúde é Vida” que prometia construir 64 hospitais. O dinheiro serviu para abastecer campanhas políticas.

O promotor divulgou a seguinte ‘Nota Pública’. Confira:

“Lamento declaração, nesta semana, de um parlamentar da bancada federal do Maranhão, na tribuna da câmara, assacando-me uma inexistente amizade com o atual governador do estado e, por isso, minha atuação funcional estaria a serviço deste, quanto a uma ação penal contra uma ex-governadora.

O lamento se deve ao fato da representação popular, a despeito dos relevantes assuntos possíveis diante dos graves problemas que enfrenta a população do Maranhão, estar sinalizando os costumes dos rigores da lei para os inimigos do poder. Além disso, reproduz a mentalidade da pequena elite branca, perdulária e mandona, protagonista, enquanto fingia governar, de imensos prejuízos ao contribuinte brasileiro, resultando no abandono da população com os piores indicadores de saneamento básico, saúde, educação e precariedade na infraestrutura.

No caso sub-judice, a ação penal versa sobre uma parte de mais de 150 milhões, dos três bilhões e 800 milhões, de um empréstimos, na gestão estadual passada, a ser pago por todos, e que seria usado para “revolucionar” a saúde pública no Maranhão, mas legou uma estrutura de 64 hospitais, inúteis ou subutilizados, em meio a um rosários de ilegalidades cometidas, supostamente com objetivos de enriquecimento ilícito.

Uma decisão judicial, depois da denúncia recebida, deu à acusada que o parlamentar defende, a absolvição sumaria, quando a instrução já estava designada. Reafirmo que a minha atuação é pautada somente no conhecimento da lei penal, na criteriosa avaliação das provas do processo, em que consta inclusive análise do Tribunal do Contas do Estado; e inspirada em nosso patrono Celso Magalhães, assim como nos ideais de tantos outros militantes do Direito, passados e atuais, construtores de uma sociedade que se pretende que tenha como pilar um sistema de justiça com tratamento igualitário para todos”.

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