Investigação

Assassinato de aliado de Beto Castro teria relação com o pagamento de propina na Seduc

Em depoimento prestado nesta segunda-feira, 30, à Polícia Civil, o empresário Gibson César Soares Cutrim, conhecido como Júnior, confessou que assassinou o também empresário João Bosco Oliveira Sobrinho após discussões sobre o pagamento de propina na Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

O crime aconteceu no dia 19 de agosto no Edifício Tech Office, na Ponta d’Areia, em São Luís (veja aqui). Na ocasião, João Bosco estava acompanhado do vereador Beto Castro (Avante), que em depoimento, prestou uma versão dos fatos completamente diferente da de Gibson César.

No depoimento prestado na sede da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o autor confesso do homicídio disse que foi procurado por um advogado identificado como Jean para que o ajudasse na liberação de R$ 778 mil, valor este que seria devido pela Seduc à empresa de segurança H.C Eireli.

Afirmou também que procurou o vereador Beto Castro para que o parlamentar utilizasse da sua influência polícia com o intuito de agilizar o pagamento do montante.

Gibson teria oferecido 20% do valor ao vereador, que aceitou de imediato. Porém, dias depois, Beto Castro fez outra proposta, dessa vez querendo 50% do valor e exigindo que o pagamento fosse feito de forma imediata.

Beto Castro teria então acionado o empresário João Bosco para que ele pressionasse Gibson e fizesse as cobranças.

Ainda no depoimento, o acusado disse que sofreu inúmeras ameaças por parte de João Bosco, que teria ameaçado, inclusive, sequestrar seu filho.

No dia do crime, os três se encontraram no Edifício Tech Office. Após a discussão, Gibson César afirmou que executou João Bosco pelas ameaças que a vítima teria feito à sua família.

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