Logo depois do ultimato que o PV deu a Sarney Filho, José Sarney e Roseana estiveram reunidos com o presidente Michel Temer. Na pauta os cargos federais no Maranhão e a manutenção do Ministério do Meio Ambiente.

No encontro pai e filha foram garantir que em hipótese alguma Zequinha iria abandonar o Governo Federal, que a família continuava firme no projeto peemedebista. Mas a reunião política não se limitou apenas a troca de fidelidade, houve muita cobrança também. Sarney ainda não está satisfeito com o “pagamento” que recebeu de Temer. Quer mais, acha que sua contribuição foi fundamental para a queda de Dilma e que abriu mão de uma douradora amizade com Lula para garantir a chegada do PMDB no poder. Além disso, os escândalos protagonizados por sua família na imprensa, em virtude das ações da justiça, tem deixado o patriarca da oligarquia cabisbaixo.

Michel Temer reconhece os esforços de Sarney e Roseana, mas acredita que o Ministério do Meio Ambiente é mais que suficiente, diferente de Roseana que queria o direito de indicar a maioria dos cargos federais no Maranhão. O problema é que a ex-governadora entrou em atrito com o senador João Alberto, que virou o principal aliado de presidente interino no Maranhão. Um bom exemplo é o caso da EBC. Roseana bateu pé pela indicação da ex-secretária Chefe da Casa Civil e ex-presidente da Fundação Memória Republicana, Anna Graziela Costa, para o cargo de superintendente regional da Empresa Brasileira de Comunicação. Mas quem levou o cargo foi o senador, que indiciou Assis Filho seu aliado e ex-presidente da Juventude do PMDB.

Michel Temer deixou bem claro na reunião que não vai ceder aos caprichosas da família Sarney e que qualquer indicação no Maranhão fica a cargo de João Alberto. Talvez por isso Flávio Dino tem encontrado uma facilidade de diálogo com o atual Governo Federal que ele mesmo não esperava.

Esse isolamento inesperado pode ter influência no projeto de Roseana para 2018.