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Incompetência da FMF, desprezo pelo torcedor e injustiças marcam o Campeonato maranhense 2018

O campeonato maranhense de futebol 2018 começou no dia 20 de janeiro com a possibilidade de ser realizado em até 13 datas. A CBF, em virtude da Copa do Mundo da Rússia e das disputas da Copa do Brasil e do Nordeste, encurtou alguns estaduais.

A Federação Maranhense de futebol (FMF), sob as ordens do presidente Antônio Américo e do diretor de competições Hans Nina, elaborou uma tabela completamente esdrúxula e repleta de incongruências.

A começar pela forma de disputa, um torneio com oito clubes jogando um turno único de sete jogos pra cada. Os quatro melhores colocados disputando as semifinais em dois jogos e depois a final, também em duas partidas.

É totalmente surreal e desequilibrado se fazer uma tabela com sete jogos, onde alguns times jogaram 4 partidas em casa e outros apenas 3. Também é injusto fazer o Maranhão Atlético Clube encerrar sua participação no primeiro turno com uma sequência de três clássicos diante de Sampaio, Imperatriz e Moto.

Outra injustiça cometida foi contra o Moto Clube que nas cinco primeiras rodadas disputou apenas uma como mandante. Já o Imperatriz foi muito beneficiado, nas mesmas cinco primeiras rodadas, disputou 4 em casa. Desequilíbrio total!

O Sampaio Corrêa, eliminado na primeira fase, também foi prejudicado. A Bolívia querida foi um dos times que jogaram apenas três partidas como mandante. O tricolor também sofreu com a disputa de jogos com menos de 66 horas de intervalo entre uma partida e outra – ferindo de morte o regulamento geral de competições da CBF.

Mas o pior caso de todos foi a realização da sétima e última rodada do primeiro turno em uma quarta-feira às 15:45. Uma coisa totalmente absurda que mostra o total desprezo pelo torcedor. Como um trabalhador poderia assistir seu time uma quarta as 16 horas? Inconcebível!

A FMF alegou que todos os jogos teriam que ser disputados no mesmo horário. Entretanto, argumento de falta de datas não é válido, pois, após a quarta-feira (07), o Campeonato ficou parado 10 dias e só retornou neste sábado (17) com o confronto entre São José e Imperatriz pela semifinal.

Todo esse imbróglio causado pela FMF poderia ser resolvido facilmente. Bastaria ter utilizado umas das datas desprezadas e as 13 disponibilizadas pela CBF. Teria-se um campeonato estadual com 14 rodadas de turno e retorno em pontos corridos. Seria justo e premiaria o time mais constante. Todos jogariam 7 partidas em casa e 7 fora.

Era tão simples, mas, parece que na FMF ninguém entende de futebol. Nem de tabela.

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