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Temer autoriza que soldados tomem direção de caminhões durante greve

Metrópoles – O governo ordenou que todas as vias ocupadas durante manifestação dos caminhoneiros sejam desobstruídas. As forças de segurança — incluindo a Marinha, o Exército e a Aeronáutica — terão autonomia para impedir que a categoria ocupe acostamentos e poderão assumir a direção dos veículos cujos donos não obedeçam a ordem de liberação das rodovias. Os soldados poderão prender quem não acatar a ordem.

Em pronunciamento na manhã desta sexta (25/5), o presidente da República, Michel Temer (MDB), informou que usará as forças federais para obrigar os caminhoneiros a encerrarem a greve que paralisa o país pelo quinto dia consecutivo.

De acordo com o presidente, o governo “vai implantar o plano de segurança para combater os graves efeitos de desabastecimento causados por essa paralisação”.

A fala oficial do presidente ocorre no quinto dia de protestos que causam desabastecimentos em praticamente todos os setores da economia. Antes de anunciar que colocará o Exército nas ruas, Temer disse que atendeu a 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros.

“Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do dialogo. Muitos caminhoneiros, alias, estão fazendo sua parte mas, infelizmente uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender à população e fazer o seu trabalho”, afirmou o presidente.

A ação das forças federais será autorizada por decreto presidencial que deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) até o fim da tarde desta sexta (25). Vão atuar na obstrução das vias as Forças Armadas, a Polícia Rodoviária Federal e, em alguns casos, Polícias Militares.

O Ministério da Segurança Pública já iniciou discussões com secretários de unidades da federação para articular a atuação nos estados.

A prioridade na desobstrução será das vias que dão acesso a seis aeroportos que enfrentam problemas – entre eles o de Congonhas e o de Brasília –, além de duas termelétricas e seis “bases” de combustíveis pelo Brasil. As primeiras ações devem ocorrer no Rio de Janeiro, que já está sob intervenção federal.

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