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As patranhas que fizeram Roseana, quatro vezes, governadora do Maranhão

Blog do Manoel Santos

Na campanha de 1994, Roseana saiu pela primeira vez candidata ao Governo do Estado. Na época, ela prometeu um programa para mover o Maranhão pelo desenvolvimento, torná-lo pólo de novas fábricas, novos empregos, novas tecnologias e oportunidade de trabalho para todos, principalmente para a juventude. Enfim, Roseana prometeu: preparar o Maranhão para o século XXI.

Pois reveja aqui alguns escândalos dos governos Roseana Sarney nos seus quatro mandatos: 1995-1998, 1999-2002, 2009-2010 e 2011-2014. São escândalos e outras maracutaias que não se pode esquecer. Eis aqui apenas parte da imensa lista:

Caso Reis Pacheco – Um personagem fictício – um tal Anacleto Reis Pacheco – acusou Cafeteira, na reta final da campanha de 1994, de ser autor de um crime hediondo: tortura, assassinato e ocultação do cadáver do ferroviário José Raimundo dos Reis Pacheco. Tudo mentira. Uma farsa grotesca, desmascarada pela oposição, mas quando a campanha já estava praticamente encerrada no rádio e na televisão.

Operação Granville – No mês de abril de 1994, a revista ‘IstoÉ’ circulou, nas principais cidades do Maranhão, com apenas uma chamada na capa: “Escândalo. Carrões & milhões. A fortuna acumulada pelo ex-governador Cafeteira e suas relações com empreiteiras do Maranhão”.

Na verdade, esta edição da ‘IstoÉ’, de número 1281, foi editada com duas capas. Uma destinada ao Centro-Sul, com a manchete ‘Acuse primeiro, pergunte depois’, e outra ao Norte e Nordeste, com a manchete que faz grave denúncia contra Cafeteira, acusado de enriquecimento suspeito e de uma famigerada ‘Operação Granville’, por meio da qual ele teria transportado, de São Luís para o Rio de Janeiro 172 milhões de cruzeiros, o equivalente, na época, a US$ 1 milhão.

Estrada fantasma Arame-Paulo Ramos – Roseana Sarney mandou pagar 33 milhões de dólares por uma estrada nunca construída, favorecendo seu irmão Fernando.

Golpe da fábrica de Rosário – Roseana e o chinês Chhai Kwo Chheng levantaram 24 milhões do dólares no Banco do Nordeste para implantar um pólo têxtil. Enganaram mais de quatro mil pessoas pobres da região do Munin.

Golpe da fábrica de São Luís – A dupla levantou 30 milhões de dólares e aplicou o mesmo golpe na Capital.

Balela do Telensino – Também conhecido por Telengano, Roseana aplicou na Rede Globo mais de R$ 150 milhões e quase nada acrescentou à educação de milhares de jovens e adultos.

Golpe da Usimar – Desvio de mais de R$ 45 milhões que seriam para a instalação de uma fábrica de autopeças, que nunca saiu do papel.

Projeto Italuís – Roseana e as construtoras Gautama e OAS enterraram 150 milhões de dólares destinados à duplicação do Projeto Italuís. A obra não foi realizada e a falta de água acabou se tornando um grave problema.

Caso Lunus – A Polícia Federal prendeu na Lunus (empresa de Roseana e o marido Jorge Murad) R$ 1,340.000,00 de origem nunca esclarecida. Sete versões foram dadas. Nenhuma convincente.

Lavagem Banco Santos – Roseana e Jorge Murad simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões no Banco Santos para resgatar 1 milhão e meio de dólares que possuíam no exterior.

Operação Boi Barrica – Investigação da Polícia Federal apurou saque de R$ 2 milhões em espécie feito por Fernando Sarney. Dinheiro seria para financiamento da campanha de Roseana, em 2006.

Lagoa da Jansen – Quando ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, passou R$ 80 milhões à irmã para “obras de despoluição e recuperação ambiental e sanitária da Lagoa da Jansen”, que nunca foram realizadas.

Privatização do BEM – Roseana tomou empréstimo de R$ 333 milhões ao Banco Central para “sanear” Banco do Estado do Maranhão. O BEM faliu e foi vendido por R$ 78 milhões para o Bradesco.

Fepa e Capof – Roseana aplicou irregularmente no falido Banco Santos (de propriedade do seu padrinho de casamento Edemar Cid Ferreira) mais de R$ 5 milhões da Caixa de Assistência Previdenciária dos Funcionários do Banco do Estado do Maranhão (Capof) e mais de18 milhões do Fundo Estadual dos Aposentados do Estado (Fepa).

Salangô – Enterrou R$ 54 milhões no projeto de irrigação Salangô, em São Mateus. A empreiteira baiana Coesa não deu conta do serviço.

Desmonte na Agricultura – Roseana sucateou a Emater, Copema, Codagro, Comab, Emapa e todo o sistema de Agricultura do Estado.

Abandono da educação – Em sete anos, Roseana construiu somente três escolas. Ao sair em 2002, havia segundo grau em apenas 57 municípios; o Estado levaria 50 anos para atingir a média nacional de acesso ao ensino superior e 17 anos para acesso ao ensino fundamental. Deixou uma taxa de 23,8% de analfabetismo.

Milhões para a Mirante – O Sistema Mirante (rádios, televisões e jornais), de propriedade dos filhos de Sarney) recebe milhões de reais da verba de propaganda e publicidade do Governo. Só este ano, Roseana gastou mais de R$ 31 milhões em propaganda.

Abuso na Fapema – Enquanto professores, pesquisadores e estudantes têm dificuldade de financiamentos para trabalhos científicos, cabos eleitorais de Roseana são pagos como bolsistas.

Nomeada por ato secreto – Lá em 1985, através de ato secreto, Roseana foi nomeada, sem concurso, para o Senado.

Mordomo pago pelo Senado – “Secreta”, mordomo de Roseana, recebia salário de R$ 12 mil pago pelo Senado, presidido por José Sarney.

Passagens aéreas para carteado – Roseana usou passagens aéreas do Senado para grupo de amigos carteadores viajar a Brasília para jogatina na residência oficial do então presidente do Senado, na área mais nobre da Capital Federal.

Farra da dispensa de licitação – O Governo Roseana transferiu milhões de reais, com dispensa de licitação, aditivos e outros artifícios, para conhecidas empresas que formaram caixa 2 de campanhas. Só na Secretaria de Saúde (operada por Ricardo Murad), dois terços do orçamento foram gastos com dispensa de licitação.

Golpe do Seguro – O ex-secretário de Administração de Roseana, Luciano Moreira, assinou suspeito contrato (com dispensa de licitação) com a empresa Mapfre, no valor de R$ 58 milhões, para emitir apólices de seguro de vida para servidores.

Trem da mentira – O marqueteiro Duda Mendonça chegou a ganhar na moleza. Seu trabalho era atualizar as promessas enganosas feitas por Roseana em eleições passadas. A novidade em 2010 foi o trem carregado de mentiras que abriu a propaganda dela na TV.

Estado pobre, família bilionária – Os desgovernos dos Sarney reduziram o Maranhão em um dos Estados mais pobres. Em contrapartida, produziram uma das famílias mais ricas do Brasil, com patrimônio estimado em R$ 250 milhões. Não há um só mês que o clã Sarney não seja assunto do noticiário, envolvido em lavagem de dinheiro, aquisição fraudulenta de imóveis, tráfico de influência, uso da máquina pública e crimes de toda natureza.

A Musa do Tapetão – A família Sarney tomou o Governo por força de um golpe judicial, que destituiu Jackson Lago, legítimo governador do Maranhão. A Musa do Tapetão, agora em 2018, anunciou que “vai pra cima”.

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