A sanha obsessiva da oligarquia Sarney em atacar os capelães ganhou mais um capítulo esdrúxulo nesta sexta-feira. Usando todas as armas do seu império midiático, José Sarney ordenou que seus jagunços jornalísticos utilizassem um parecer do procurador federal Nicolau Dino – irmão de Flávio Dino – sobre abuso de poder religioso.

Ocorre que o parecer emitido pelo procurador, em que ele defende a inelegibilidade do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, não tem relação e nem cita Capelanias. O prefeito, neste caso, é acusado pelo Ministério Público Eleitoral por ter utilizado a estrutura da igreja como comitê eleitoral para a captação de votos nas eleições de 2014, o que é proibido pela legislação eleitoral.

O que a oligarquia Sarney tenta fazer de maneira torpe é transformar uma política pública, voltada para a oferta de conforto e apoio espiritual para militares, em abuso de poder religioso.

A farsa sarneyzista é facilmente desmontada quando a própria Constituição Federal de 1988 prevê expressamente (art. 5º, VII) o direito à prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.

A tentativa de comparação entre o caso do prefeito Marcelo Crivella e as Capelanias das Forças de Segurança do Maranhão é somente mais uma tentativa desesperada e desqualificada de manchar a imagem das igrejas e o trabalho daqueles que são responsáveis por prestar apoio religioso e assistência espiritual tanto a militares quanto a civis.