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Na Ilha Sarney, Jerry visita escola de madeira que será Escola Digna

Foi depois de enfrentar um percurso transcorrido por barco, motocicleta e uma trilha a pé, que o presidente PCdoB, Márcio Jerry, enfim alcançou o povoado de Canto, no município da Raposa, mais precisamente na Ilha de Curupu, conhecida por abrigar as reservadas e luxuosas mansões da família Sarney. No pequeno povoado, as famílias vivem em pequenos casebres de madeira com cobertura de palha ou telhas de amianto, sob a permissão de quem eles chamam de “donos da ilha”. Os mesmo donos que por anos impediram que a única escola do povoado fosse reconstruída, de alvenaria. Agora, por determinação do governador Flávio Dino, que derrotou o clã em 2014, uma Escola Digna beneficiará quem mora no povoado.

Enquanto a pequena Maria Eduarda, de 5 anos, apresentava a escola Manoel Batista, de uma única sala, que divide com outro 14 alunos de outras turmas, o presidente do PCdoB se disse Impactado com o contraste que berra na “Ilha dos Sarney”. “Aqui se encontra a ostentação, o luxo, dos supostos herdeiros que se apropriaram daqui capitaneados pelo ex-presidente José Sarney, e a escassez cujo o retrato maior é essa escola”, opinou Márcio Jerry.

Aos relatos minuciosos de Maria Eduarda, foi possível entender a difícil situação que a comunidade enfrenta. “Aqui eu estudo, brinco e merendo. Mas é muito pequeno, tem marimbondo na sala e o ventilador não funcionava, o banheiro é lá fora, na casa da minha tia (vizinha a escola)”, contou a pequena.

Márcio Jerry esteve no povoado a convite do presidente da Câmara de Raposa, o vereador Beka Rodrigues, que propôs o projeto aprovado pela Casa, sugerindo ao governador e ao secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão, que a pequena escola fosse incluída no programa Escola Digna, de substituição, em todo o Maranhão, de estruturas precárias por espaços com condições dignas de ensino e aprendizado. “A razão maior é pela situação do descaso. São anos que essa comunidade vive essa triste situação. E foi atendendo a essa necessidade que levei à Câmara e fiz o pedido ao governador para incluir essa escola no programa”, relatou o vereador.

Beka ainda contou que a gestão municipal tentou uma vez reformar a escola, mas os “proprietário da ilha” não permitem que estruturas de alvenaria sejam ali construídas. Ao que Márcio identificou a dolorida constatação: “O José Sarney, que tem cadeira na Academia Brasileira de Letras, não quer, na Ilha em que ele diz ser dono, uma escola, não quer que os meninos e as meninas daqui tenham acesso à educação”.

Com a notícia, já assegurada pelo Governo do Estado, de que ali será erguida uma escola, quem se animou foi a pequena Maria Eduarda. “Agora sim!”, comemorou.

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