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Procuradores da República afirmam que PM que acusou o secretário Jefferson Portela mentiu

Em entrevista coletiva, os procuradores da República Juraci Guimarães Júnior e Carolina da Hora, do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA), se posicionaram sobre as denúncias feitas pelo soldado da Polícia Militar Fernando Paiva Moraes Júnior, durante audiência na 1ª Vara Federal Criminal.

O PM é acusado de participar da quadrilha de contrabando desbaratada em operação realizada em fevereiro. Os representantes do MPF afirmaram que a delação já feita pelo PM – por não ter sido homologada – “é um nada jurídico” e que o réu, já denunciado no caso do contrabando, contou inverdades em seu depoimento.

“É difícil a gente estar falando do desdito de uma pessoa que firma um termo de depoimento, na presença de defensor público da união, depois de oito horas de depoimento, e depois ele dá à Justiça uma hora de uma outra versão. É uma pessoa que, para a gente, não tem nenhuma credibilidade. A gente não dá qualquer credibilidade, de fato, ao depoimento dele”, declarou Juraci Junior.

“Ele se sentia ameaçado e procurou, lá onde estava preso, no Quartel da Polícia Militar, um outro soldado, amigo de fé dele, que era a única pessoa que ele confiava”, completou o procurador. “O réu, no vídeo, conta mentiras, falta com a verdade”, acrescentou Carolina da Hora.

O PM afirmou ao juiz federal Luís Regis Bonfim Filho que foi pressionado pelo secretário Jefferson Portela, da Segurança, a apontar o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) e o delegado Ney Anderson como integrantes do esquema de contrabando.

Fernando Paiva disse ainda que tentaram ouvi-lo sem a presença dos seus advogados, no dia 7 de abril, o que foi denunciado pela comissão de prerrogativas da OAB-MA, sendo contestado pelos representantes do MPF-MA. Segundo os procuradores, o soldado Paiva mudou seu depoimento.

De acordo com o procurador, quando o PM foi informado, antes de ser retirado da cela onde estava preso, no Comando Geral da PMMA, que havia a possibilidade de ele ser morto no local ele pediu para ser transferido.

“Ele se sentia ameaçado e procurou, lá onde estava preso, no Quartel da Polícia Militar, um outro soldado, amigo de fé dele, que era a única pessoa que ele contava”, acrescentou Juraci. “Não é verdade que o Ministério Público o tenha pressionado para delatar”, enfatizou o procurador

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