O deputado estadual Adriano Sarney partiu para cima do balanço fiscal do Maranhão porque sabe que uma das poucas variáveis capazes de alterar o cenário político são exatamente os indicadores econômicos. A disseminação de um caos inexistente faz parte da estratégia de amedrontar a população sobre uma possível hecatombe econômica que gere consequências no cotidiano dos maranhenses.

Mas Adriano Sarney erra em sua previsão por conta da responsabilidade demonstrada pelo governo Flávio Dino durante seus mais de três anos de gestão. Enquanto na grande maioria dos estados do país as contas se deterioram e os efeitos são sentidos pelo povo com atraso de salários, aumento do desemprego e piora dos serviços públicos com fechamento de unidades por falta de verba para manutenção, no Maranhão o caminho é inverso da tendência brasileira.

É de amplo conhecimento que o Maranhão é um dos poucos Estados do país que tem sido capaz de enfrentar a adversa conjuntura econômica e política expandindo os investimentos dos serviços públicos, com pagamento da folha dos servidores públicos em dia, realizando ações com recursos próprios e reduzindo a dependência de recursos da União, por meio da realização de um esforço de gestão fiscal.

A tentativa desesperada de Adriano Sarney em ludibriar a população com uma situação que não existe acaba sendo um tiro no pé, já que a população maranhense, até agora, não sentiu os efeitos da crise econômica nacional. Se pretendem desgastar Flávio Dino e tentar mudar a tendência de reeleição em primeiro turno do governador, os sarneyzistas terão que escolher outra estratégia.

Criticar os indicadores econômicos não é o caminho correto.