A estranha dança de Roseana
O coronel Sarney sempre teve a mira certa para fazer os lances que lhe garantiam estar ao lado do poder federal para montar máquinas e manter o povo do Maranhão escravizado.
É assim que ele conseguiu a proeza de estar no poder há 63 anos, ao lado de todos os presidentes da República, de Juscelino a Temer.
Contudo, de uns tempos para cá, parece que o coronel perdeu a mira e vai ficando conhecido como renomado pé frio.
Desde 2012 que Sarney não ganha uma de Flavio Dino. Perdeu todas as disputas em que se meteu contra o governador. E por isso que ele não esconde de ninguém a raiva doentia que alimenta contra o governador.
Essa raiva fica evidente na linha editorial que impôs no sistema Mirante, resultando no afastamento de profissionais sérios como Ribamar Correa e Rómulo Barbosa, substituídos por um amontoado de servos obedientes ao mau humor do coronel e da sua mimada princesa.
No plano nacional, o veto ao deputado Pedro Fernandes resultou em mais um desastre, estigmatizando ainda mais a já queimada oligarquia.
A última de Sarney foi apostar contra o carnaval do Maranhão. Orientou sua mídia a criticar tudo, a apontar tristeza e medo em cada esquina. Como a população não deu bola, Sarney obrigou Pergentino Holanda a resgatar seus decadentes bailes de elite.
Desta vez, entretanto, nem a elite apareceu. Na ausência dos políticos e empresários de outrora, restou a Roseana tentar mostrar alegria.
Contudo, o que se viu foi uma das cenas mais hilarias e fora de tom em décadas. Roseana dedicou-se a imitar cangurus e macaquinhos, numa solitária e estranha dança.
Sarney deveria ter poupado a filha disso. Mas definitivamente a mira do coronel já não é a mesma. E o pé está mais frio do que nunca.
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