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O desgastado início de ano de José Sarney

O ano de 2018 começou com gosto amargo para José Sarney. Além de ter que conviver com matérias positivas nacionais do seu principal adversário político, Flávio Dino, sendo exibidas na sua TV Mirante, já que foi veiculada pela Rede Globo, e presenciar levantamento do G1 que atesta o governador do Maranhão como o mais eficiente do país, o oligarca foi apedrejado pela imprensa nacional após veto ao deputado Pedro Fernandes no Ministério do Trabalho.

Desde o primeiro dia do ano, José Sarney tem sido atacado por jornalistas e a opinião pública brasileira, ao passo que presencia a ascensão nacional de Flávio Dino. Logo no dia 1º, o programa Bem Estar, da Rede Globo, exibiu matéria emocionante classificando a Casa de Apoio Ninar como “iniciativa maravilhosa e um projeto lindo”. A unidade funciona na antiga casa de veraneio da oligarquia, palco de festas nababescas as custas do dinheiro público que marcaram a família Sarney.

No segundo dia do ano mais um duro golpe para o velho oligarca: Flávio Dino foi eleito pelo portal G1 – de propriedade do Grupo Globo ao qual o império midiático de Sarney é filiado – como o governador que mais cumpriu promessas de campanha em todo o Brasil. O fato incomodou tanto o ex-senador que ele ordenou que seus jagunços digitais atacassem o levantamento, mesmo ele sendo feito pelos seus próprios profissionais.

Mas foi o episódio envolvendo o veto ao nome de Pedro Fernandes para o Ministério do Trabalho que gerou grande desgaste a José Sarney. Jornalistas de todo o Brasil classificaram a ação do oligarca como coronelista, impiedosa e perseguidora, pelo fato do parlamentar maranhense não ter aceitado ceder às pressões para abandonar a aliança com Flávio Dino e apoiar Roseana Sarney nas próximas eleições.

O episódio expôs a ingerência que Sarney possui sobre o impopular presidente Michel Temer, e chegou a ser classificado como uma volta ao passado. Pauta da imprensa nacional há dois dias consecutivos, o acontecimento chocou a opinião pública, que ficou estarrecida ao saber que o oligarca maranhense, que retroagiu o Maranhão durante 50 anos, é um dos responsáveis pelo atraso observado atualmente no Brasil.

Em ano de eleição, José Sarney larga muito mal para tentar ter de volta o estado que por cinco décadas foi só seu e hoje pertence ao povo maranhense. Talvez o desespero em saber que perdeu de vez o seu feudo esteja desordenando a mente do oligarca. Pela manifestação da população, sua política retrógrada não tem mais espaço nem no Maranhão e nem no Brasil.

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