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Uma família marcada pelo crime

O parricídio do ex-prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, cometido pelo próprio filho, Mariano Junior, é mais um caso para somar ao histórico de uma família acostumada a viver envolta de acusações de corrupção, pistolagem e agiotagem.

Em 2011, os Teles protagonizaram reportagem da revista IstoÉ por conta de uma série de falcatruas cometidas pelo patriarca, na época à frente da Prefeitura de Barra do Corda. O grau de roubalheira despertou o interesse do centro do país, a ponto do jornalista Hugo Marques batizar o texto como “A família Metralha”.

Nenzim foi acusado pela Polícia Federal de liderar uma quadrilha que desviou pelo menos R$ 50 milhões dos cofres públicos, ajudado pela esposa, Francisca Teles de Sousa, a Santinha, e pelos filhos Pedro Telles, Rigo Telles e Nenzim Júnior.

Na ocasião, a polícia descobriu mais de 100 imóveis no nome dos membros, além de carros importados, um avião, helicóptero e vários relógios Rolex. O casal precisou fugir para não ser preso.

No ano passado, Nenzim foi impedido de disputar as eleições em Barra do Corda pela Justiça Eleitoral. Por isso, colocou o filho e algoz, Nenzim Júnior, para substituí-lo na disputa; mas acabou derrotado pelo comunista Eric Costa.

Em maio, o ex-prefeito voltou a ser condenado por improbidade administrativa por não prestar contas de verba oriundas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), entre os anos de 2011 e 2012.

No mês passado, Pedro Telles, teve a prisão decretada pelos desembargadores Ângela Maria Salazar, Tayrone José Silva e José Luiz Oliveira de Almeida. O empresário é acusado de ter encomendado a morte do trabalhador rural Miguel Pereira Araújo, que teria invadido terras de sua propriedade em Barra do Corda. Pedro foi condenado a 21 anos de prisão, no dia 5 de março de 2013, e recorria em liberdade.

Na quarta-feira, a ambição por dinheiro motivou a trágica execução de Nenzim pelo filho mais jovem, enquanto este tentava encobrir a venda de 600 cabeças de gado sem o consentimento do pai.

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