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As contradições de uma operação desastrada

Os delegados e investigadores da Polícia Federal parecem perdidos, inseguros em relação aos desdobramentos da Operação Pegadores, deflagrada na última quinta-feira (16). O discurso e a prática não se assemelham.

O delegado da PF, Wedson Cajé Lopes, disse em coletiva que pagamentos foram realizados a uma sorveteria transformada da noite para o dia na ORC Empresa de Gestão e Serviços Médicos, mas documentos da Junta Comercial comprovam: a mudança ocorreu em 2013. No inquérito, a força tarefa garante que houve consulta a Jucema.

A superintendente, Cassandra Parazzi, deu entrevista a emissoras de televisão acusando o secretário de Saúde, Carlos Lula, de omissão por saber do esquema. Entretanto, decisão vazada pela própria Polícia Federal isenta Lula de qualquer participação, ainda mais, os desvios só foram cessados quando ele assumiu a subsecretária para posteriormente se tornar o titular da pasta.

O governo do Maranhão solicitou a lista com os supostos 400 funcionários fantasmas para tomar medidas administrativa, até agora não foi atendido.

Diante de tantas contradições é possível suspeitar da “motivação” para a operação, justamente quando um aliado de Sarney assume a chefia da Polícia Federal.

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