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PMDB comandou a Eletrobrás em todo o período do governo PT

Via Estadão

Em abril de 2004, com um ano e três meses de governo, o então presidente Lula concluiu que precisava de uma aliança com partidos do centro para governar. O maior deles, o PMDB, poderia ser cooptado, desde que o petista estivesse disposto a pagar um preço alto, o controle quase total do setor elétrico, em especial da Eletrobrás e postos importantes em suas subsidiárias.

Lula aceitou. E teria dito, segundo relato de governistas: “O companheiro Pinguelli (o físico nuclear Luiz Pinguelli Rosa, militante petista, primeiro presidente da estatal no governo PT) que me perdoe, mas ele não tem um único voto no Senado”. Logo depois, Lula nomeou Silas Rondeau para a Eletrobrás, indicado pelo então presidente do Senado, José Sarney. Um ano depois, Rondeau seria nomeado ministro de Minas e Energia, no lugar de Dilma Rousseff, que foi para a Casa Civil na vaga de José Dirceu, abatido pelo Mensalão.

Desde então, em todo o governo petista o PMDB teve o comando das Minas e Energia e da Eletrobrás. Rondeau caiu em 2007, na Operação Navalha, da Polícia Federal. Sarney indicou então o senador Edison Lobão (MA), que ficou no cargo nos governos Lula e Dilma. Sua nomeação exigiu uma engenharia política. Quando o cargo de ministro vagou, Lobão era do PFL, hoje DEM. Seu partido fazia feroz oposição ao PT e assim se manteve até o impeachment de Dilma. O jeito foi filiar Lobão às pressas no PMDB.

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