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Proprietária do Dom Bosco é denunciada pelo MP após cancelar matricula de criança com deficiência

Em Imperatriz, o Ministério Público do Maranhão denunciou a diretora e fundadora da Escola Dom Bosco, Maria Carmem Colombi, de 74 anos, por cancelar a matrícula de uma aluna com paralisia cerebral. O caso ocorreu em 2013.

Segundo relatos da mãe da menina de sete anos, confirmados pela investigação da promotoria, a escola pediu que a criança passasse por uma avaliação com a profissional de psicologia da instituição. Após a avaliação, a mãe foi conversar pessoalmente com Maria Colombi. No encontro, a diretora perguntou se a mãe teria condições de pagar as mensalidades cobradas pela instituição, correspondentes a quase o dobro dos alunos que não sofrem de nenhuma deficiência. Entre outras perguntas, a diretora questionou sobre a religiosidade da mãe, dizendo ainda que “crianças assim vêm para que as pessoas fiquem mais próximas de Deus” e que devem ser educadas em casa, pela família, e não em uma instituição de ensino.

Apesar de a Dom Bosco ter aceitado a matrícula da aluna depois dessa reunião, em 3 de fevereiro de 2014, antes mesmo do início do período letivo, a mãe foi informada de que a matrícula tinha sido cancelada.

Através do seu advogado, a proprietária alegou que a escola não tinha profissionais habilitados para receber a menina, a mãe ocultou o grau de deficiência da filha na pré-matricula e justificou que nenhuma outra instituição aceitou a criança.

O Ministério Público pede a condenação de Maria Carmem Colombi, estando sujeita a uma pena de dois anos a cinco anos de reclusão.

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