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Clésio Cunha e Nelma Sarney respondem ao mesmo processo no CNJ

O juiz Clésio Coêlho Cunha, responsável por inocentar Roseana Sarney no caso Constran e no processo de desvios de verbas para o hospital de Rosário, responde processo no Conselho Nacional de Justiça ao lado da desembargadora Nelma Sarney.

No último dia 12, Clésio também impediu a quebra de sigilo bancário da desembargadora em desdobramentos do “caso Bradesco”, que investiga suposta prática de agiotagem de uma funcionária. Em sua decisão, o juiz criticou a promotora Lize de Maria Brandão de Sá Costa, autora do pedido.

O processo que respondem juntos tem relação com outro colega.

Segundo a denúncia da ministra Nancy Andrighi, Corregedora Nacional de Justiça, a dupla atuou para favorecer José Mauro Bezerra Arouche, ex-assessor e amigo íntimo da própria Nelma, na ação (9793/2014) a qual protesta pela não aprovação no concurso público para tabelião.

Nelma designou Clésio para responder pela 5ª Vara da Fazenda Pública, nessa condição o juiz deu diversas decisões em favor de José Mauro, questionando, inclusive, a Comissão de Concurso que o reprovará por não atingir a nota mínima de corte. O caso começou em 2014, e desde então, foram pelo menos quatro decisões a favor do ex-assessor de Nelma Sarney.

Em 2016, o desembargador Lourival de Jesus Serejo Sousa suspendeu a nomeação de José Mauro, dada por Clésio Cunha, para o cartório em Buriticupu, atendendo ação da Associação dos Titulares de Cartório do Maranhão (ACT/MA) e a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Maranhão (ANOREG/MA).

Coincidentemente, no dia 1ª de abril, Mauro entrou com mandado de segurança durante o plantão judicial no qual respondia exatamente a sua amiga Nelma Sarney, que deferiu de logo o pedido e suspendeu a liminar de Serejo.

Por essa séria de fatores estranhos, Clésio e Nelma estão na mira do CNJ por suspeitas de favorecimento em suas decisões.

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