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Contrato investigados pela Operação Rêmora são legado de Roseana e Murad

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) emitiu uma nota no início da noite desta sexta-feira, 02, para esclarecer alguns pontos sobre a Operação Rêmora, deflagrada durante o dia pela Polícia Federal. A investigação apura indícios de desvios de recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Maranhão, os quais eram geridos pelo Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania – IDAC, organização social sem fins lucrativos.

De acordo com a SES, o contrato com o IDAC foi firmado na gestão anterior, durante o governo Roseana Sarney. Até então, a atual administração não tinha nenhuma informação sobre qualquer irregularidade do instituto que administra 6 unidades de saúde. A secretaria esclareceu que aguarda comunicação judicial para tomar as providências cabíveis.

Segundo a Polícia Federal, foram coletados diversos indícios de que recursos públicos destinados ao sistema de saúde estadual, os quais eram geridos pelo IDAC, estariam sendo desviados por meio de vultosos saques em espécie. Após firmar contratos de gestão com a SES, o IDAC passou a receber centenas de milhões de reais dos cofres públicos. O montante desviado por meio dos saques realizados em espécie ainda está sendo contabilizado, mas até o presente momento a cifra já supera a quantia de R$ 18 milhões.

Entre os detidos está o presidente do PSDC no Maranhão, Antônio Aragão (na foto de gravata amarela), que também é responsável pelo IDAC. Aragão e seu instituto passaram a gerir unidades de saúde durante a passagem de Ricardo Murad na secretaria. A relação entre a dupla era estreita. Foi através dessa amizade que Murad levou o deputado federal Aluísio Mendes a se filiar à legenda nanica.

A operação Rêmora é desdobramento da Operação Sermão aos Peixes, cujo alvo era justamente Ricardo Murad, suspeito de chefiar uma quadrilha para desviar recursos através da terceirização do sistema de saúde com o fim de alimentar campanhas eleitorais de parentes e aliados.

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